As vereadoras Maria do Carmo Guilherme e Raquel Picelli estiveram nesta terça-feira, dia 19, com o delegado seccional de Rio Claro José Roberto Daher para confirmar o compromisso do retorno de um prédio próprio para a Delegacia da Mulher.
“Durante café da manhã de comemoração ao Dia Internacional da Mulher em 8 de março, o delegado nos relatou que a nossa reivindicação feita desde 2011 sobre a DDM estava sendo atendida e que em breve este serviço será retomado”, pontuam as vereadoras.
De acordo com Maria do Carmo e Raquel Picelli, o delegado já manifestava o interesse em colaborar com a solução de uma das principais demandas que constam no documento oficial “Carta das Mulheres”, idealizado pela vereadora Raquel Picelli.
“Nosso movimento, que inclui deputadas estaduais e federais, Conselho da Mulher, Assessoria da Mulher, a juíza Drª Cintia Andraus, Drª Cibele Frigi Rodrigues Rizzi, do Juizado Especial Cível, e outros órgãos, sensibilizou o delegado e as instâncias competentes.Na reunião que tivemos com o Drº Daher ele expôs esta situação e ressaltou que procurou soluções a partir de solicitações dos órgãos de defesa mulher e das autoridades políticas. A DDM será instalada onde hoje funciona o Detran, na Avenida 23, mas iremos continuar com nossa luta até vermos funcionando a delegacia da Mulher. Por isso, vamos realizar a caminhada em defesa da DDM nesta sexta-feira. O compromisso do retorno de um local próprio nós já temos, agora a luta é pela concretização desta ação”, informam.
José Roberto Daher informa que todos os serviços do Detran será transferido para o Poupatempo e que a DDM contará com uma delegada, escrivãs e investigador.
Segundo Daher, a reengenharia da secretaria estadual de segurança em 2010 aglutinou a antiga DDM na delegacia seccional. “Com este novo sistema verificamos um número maior de procedimentos policiais e atendimentos sobre crimes contra a mulher”, pontuou o delegado.
Até outubro de 2010 foram registrados 25 medidas protetivas solicitadas e encaminhadas ao Fórum e 90 inquéritos policiais. Em 2011, portanto depois da aglutinação, foram registrados 90 medidas protetivas e 240 inquéritos policiais. Em 2012, os números são 187 medidas protetivas e 385 inquéritos e em 2013 esses números já somam 71 medidas protetivas e 78 inquéritos policiais.
Porém, em relação ao primeiro atendimento a reformulação prejudicou o acolhimento à mulher vítima de violência. “Nosso principal objetivo é que a mulher seja recebida de maneira humanizada, preservando sua privacidade e acolhendo-a com zelo e cuidado. Por isso, nossa atuação desde 2011 para um local próprio para a DDM. Os procedimentos policiais continuarão de forma integrada, mas o atendimento será da maneira que verificamos ser a mais adequada”, explicam Raquel Picelli e Maria do Carmo Guilherme que ressalvam a necessidade de algumas adaptações no prédio antes do funcionamento da DDM.
As vereadoras também salientam que já estão articulando com a prefeitura municipal o direcionamento de funcionários públicos. “Estamos em contato com o Executivo para pedir o apoio com recursos humanos. Existe ainda a ideia de utilizarmos o espaço para outras funções, mas tudo relacionado à mulher vitimizada”, contam.