A valorização das ações femininas bem como a discussão sobre as suas principais necessidades como foco principal de uma ampla programação composta por homenagens e debates temáticos. É com esta ótica que no próximo sábado, dia 2, terá início a Semana da Mulher em Rio Claro. Nesta data, a partir das 8 horas se estendendo até às 13 horas, nas dependências do Grêmio Recreativo da Companhia Paulista, no bairro Santa Cruz, o Grupo Mais Vida vai realizar a Campanha Medula Óssea em parceria com o Hospital Amaral Carvalho.
A ampla programação, que conta com atividades até o dia 31 de março (domingo) no Grupo Ginástico Rio-clarense – com a apresentação do trabalho Mulheres Que Cantam e Encantam – tem na coordenação a vereadora Raquel Picelli.
Durante todo o mês de março, dentro da programação, a comunidade poderá acompanhar atividades esportivas, apresentações teatrais, feira de artesanato, concurso Mais Mulher Plus Size, diversas palestras, oficina de bonecas, apresentação de dança do ventre, entre outras atrações.
A Semana da Mulher teve início em Rio Claro na década de 90 via o Decreto Legislativo assinado pela ex-vereadora e hoje vice-prefeita Olga Salomão. Depois de um período sem atividades, em 2007 os trabalhos foram retomados por Raquel Picelli.
Para ampliar os debates e fortalecer a busca por soluções, em 2009, Raquel Picelli idealizou a Carta das Mulheres, documento oficial que contém as ações que precisam ser implantadas na cidade para garantir os direitos da categoria e também a atualização anual das conquistas.
“Licença maternidade de 180 dias para as servidoras municipais, implantação do Centro de referência e Atendimento à Mulher, a criação da Assessoria Municipal da Mulher, local adequado para atender mulheres vítimas de violência e a instalação do Núcleo de Qualificação no Jardim Panorama estão entre as conquistas oriundas da Carta da Mulher”, enfatiza Raquel Picelli.
A vereadora Maria do Carmo Guilherme, que integra o grupo de coordenação da Semana da Mulher, avalia como muito importante a participação de todos os segmentos da comunidade local na Semana da Mulher, principalmente aqueles que têm homens na coordenação.
Ao analisar a ampla programação – 30 dias ao todo – a parlamentar observa que na década de 90, quanto a Semana da Mulher teve início na cidade a atividade era muito restrita com participação de grupos fechados.
“Hoje, a situação é bem diferente. Hoje, a participação é eclética. Temos as participações e o apoio de movimentos ligados a mulher negra, igreja evangélica, grupos que atuam na reciclagem de materiais, ou seja, é muito mais abrangente”, comenta Maria do Carmo. “Pelas razões expostas não temos como desenvolver todo o trabalho em sete ou 15 dias. Precisamos estender as ações durante todo o mês”, acrescentou a vereadora antes de afirmar que entre as prioridades das discussões temáticas está à reivindicação do retorno do prédio próprio para a Delegacia de Defesa da Mulher, a DDM.