Consequências negativas promovidas pela desigualdade social e a falta de políticas públicas bem definidas na área social afetam parcela da comunidade que vive em situações precárias. Neste contexto encontram-se inseridos os moradores de ruas.
Ciente da necessidade de se discutir o assunto com seriedade, a Câmara Municipal vem desenvolvendo ações que possam amenizar ou resolver conflitos bem como tornar realidade programa de atendimento básico aos que transformam praças públicas em lares independente das condições climáticas.
Tema polêmico, devido ao uso de drogas lícitas e ilícitas por parte das pessoas que vivem à margem da sociedade, a Câmara chama a atenção para a responsabilidade que o assunto requer ao avaliar a necessidade de se levantar barreiras contra a generalização dos fatos.
Diagnóstico traçado pelo Legislativo revela que os moradores de rua têm em duas situações em comum: contam com realidades distintas e comungam das crueldades impostas pela pobreza, entre elas a falta de um lar.
Autora do projeto de lei que instituiu em Rio Claro a Semana Municipal Antidrogas, em 2010, Raquel Picelli também teve aprovado neste ano requerimento através do qual solicita a criação do Conselho Municipal de Políticas Públicas de Drogas e Álcool.
Com estas ações, a petista, que integra grupo de discussão sobre os moradores de rua, amplia o debate no município. Avalia inicialmente ser de fundamental importância não rotular o grupo como viciados em drogas ilícitas por entender que o maior problema é o alcoolismo.
Através da sua ação legislativa, Raquel Picelli detectou que o número de moradores de rua aumenta a cada semana em Rio Claro decorrente de problemas de convívio que leva a pessoa a ser banida do ambiente familiar.
A vereadora cita como pontos críticos, onde aglomerações de pessoas ocorrem diariamente, o Jardim Público, a praça pública localizada na Rua 2 com a Avenida Visconde do Rio Clro e a Praça da Paz na zona norte do município.
Em reunião realizada nesta semana, onde a Câmara foi representada por Raquel Picelli, Maria do Carmo Guilherme e pelo seu presidente Agnelo Matos, a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Rosana Altimari defendeu a criação no município de uma Casa de Apoio ao Morador de Rua. Participaram também profissionais que atuam nas secretarias de Ação Social, Cultura, Saúde e Esporte.
Segundo Raquel, este local funcionaria como base de apoio para que os moradores de rua possam tomar banho e receber alimentação. “A presidente do Fundo Social destacou a importância da participação de todas as secretarias municipais. O problema que o morador de rua causa em sua área de entorno afeta as pastas de alguma maneira”, frisou a vereadora.